sábado, 15 de setembro de 2007

HIPERTEXTO

Leitura de textos escritos

De acordo com os PCNs a leitura e um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimento, validar no texto suposições feitas.
Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abordar tais textos.

A seguir são apresentadas algumas sugestões para formação de leitores.

* Leitura autônoma: O aluno escolhe a leitura, avalia o conteúdo.

* Leitura Colaborativa: A leitura colaborativa é uma atividade em que o professor lê um texto com a classe e, durante a leitura, questiona s alunos sobre os índices lingüísticos que dão sustentação aos sentidos atribuídos.

*Leitura em voz alta pelo professor: Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e coordenadas pelo professor, há as que podem ser realizadas basicamente pelo professor.

*Leitura programada: A leitura programada é uma situação didática adequada para discutir coletivamente um titulo considerado difícil para condição atual dos alunos, PIS permite reduzir parte da complexidade da tarefa, compartilhando a responsabilidade.

*Leitura de escolha pessoal: São situações didáticas propostas com regularidade, adequadas para desenvolver o comportamento do leitor, ou seja, atitudes e procedimentos que os leitores assíduos desenvolvem a partir da pratica de leitura.

Noção de texto

Em lingüística a noção de texto é ampla e ainda aberta a uma definição mais precisa. Grosso modo, pode ser entendido como manifestação lingüística das idéias de um autor, que serão interpretadas pelo leitor de acordo com seus conhecimentos lingüísticos e culturais. Seu tamanho é invariável. Um texto é uma ocorrência lingüística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sócio-comunicativa semântica e formal. Um texto pode ser escrito ou oral e, em sentido lato pode ser também não verbal. Todo texto só existe na interação computador/homem livro/homem etc.

Produção de textos orais

O texto oral, diferentemente do escrito, uma vez dito não pode ser retomado ou reconstruído, a não ser em casos excepcionais de montagens para rádio ou TV. O planejamento de um texto oral, ainda que possa se apoiar em materiais escritos, se dá concomitantemente ao processo de produção: uma correção não pode ser apagada, é sempre percebida pelo interlocutor. Dessa forma, ensinar a produzir textos orais significa, sobretudo, organizar situações que possibilitem o desenvolvimento de procedimentos de preparação prévia e monitoramento simultâneo da fala.
Produção de textos escritos

Ao produzir um texto, o autor precisa coordenar uma série de aspectos: o que dizer, a quem dizer e como dizer. Espera-se que o aluno coordene sozinho todos esse aspectos. Pensar em atividades para ensinar a escrever é, inicialmente, identificar os múltiplos aspectos envolvidos na produção de textos, para propor atividades seqüenciadas, que reduzam parte da complexidade da tarefa no que se refere tanto ao processo de redação quanto ao de refacção.
Quando se toma o texto como unidade de ensino, ainda que se considere a dimensão gramatical, não é possível adotar uma categorização preestabelecida. Os textos submetem-se às regularidades lingüísticas dos gêneros que se organizam e às especificidades de suas condições de produção: isto aponta para a necessidade de priorização de alguns conteúdos e não de outros.
O suporte e o gênero

A afirmação de que a imagem substituiria a escrita é quase lugar-comum. Desde a existência da televisão, afirma-se que o número de leitores diminui, à medida que aumenta o de espectadores. Recentemente, o desenvolvimento tecnológico, que tornou possível aproximar os lugares mais distantes com o simples apertar de um botão, produziu a impressão de que a leitura e a escrita estavam com os dias contados. A análise mais rigorosa da questão, na realidade atual, não coincide com tais previsões, pois a leitura e a escrita continuam muito presentes na sociedade e, em particular, no âmbito do trabalho. Porém, não há como negar que as novas tecnologias da informação cumprem cada vez mais o papel de imediar o que acontece no mundo, "editando" a realidade. Graças á internet, "hoje se lê e se escreve muito mais". O fenômeno, aliás, diz respeito à informática como um todo, terminais de banco, por exemplo, exigem uma série de operações monitoradas pela leitura e pela escrita. E mesmos os celulares favorecem leitura e escrita, uma vez que seu uso envolve mensagens escritas e recebidas, além de códigos a serem digitados. Quem expressa essa visão otimista sobre a relação entre linguagem escrita e internet é Marisa Lajolo, pesquisadora do Instituto da Linguagem, da universidade de Campinas, autora de dezenas de obras e artigos, como Do mundo da leitura para a leitura do mundo (ed. Ática) e uma das maiores especialistas brasileiras em leitura e escrita.

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